Estácio
a sombra causada pelo viaduto me agita.
sobre minha cabeça vidas vem e vão.
nesse minuto a certeza de que há com ela um outro mais gostoso.
eu frágil como o velho que caminha entre os carros com uma sonda no pau e um saco de mijo na mão.
o desespero me vem a garganta, queimando meu corpo.
abre o sinal, e pelo túnel me despeço.
Ipanema,
silêncio.
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