sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Somos iguais debaixo do sol da terra.

As grades de um prédio em Copacabana, verdes eram elas a minha frente. Eu toquei a campainha enferrujada.
O porteiro atrás do vidro escuro me olhava e parecia bastante desconfiado, mas abriu a porta.
O cheiro do tapete era forte, e ele ,de camisa azul, só desviou o olhar para pegar algo na bolsa que descansava na lateral de sua cadeira.
Trouxe a mão um livro, que ele colocou sobre a mesa bagunçada de papéis e correspodências.
Eu mais próximo, percebi que seu rosto era típico de um nordestino e que o livro era velho e tinha impresso na sua capa, com letras garrafais, "SUASSUNA". Nesse instante eu pensei com meus botões o o motivo de ele ter colocado aquele livro sobre a mesa de uma maneira tão brusca: mostrar para mim que a capacidade dele vai além do abrir e fechar portas de elevedores. E foi dentro do elevador, quando me olhei no espelho, que me perguntei sem voz: o que ele pensou, com seus próprios botões, que eu queria lhe mostrar de Rayban e camisa quadriculada?






Um comentário:

Anônimo disse...

Eu gosto dos seus textos e pinturas. Continue a postar!